quinta-feira, 31 de março de 2011

Diálogos Musicais: Expressão e Virtuosidade


Museu de Arte da Pampulha, 27 de Março de 2011

        A temporada de Diálogos Musicais no Museu de Arte da Pampulha teve início no último domingo (dia 27), e tem como tema central "Expressão e Virtuosidade". A abertura da temporada teve como atração um dueto musical entre Sergey Kravchenko e Michael Uhde, músicos respeitados no plano internacional, e que apresentaram um repertório variado de música erudita. Antes do espetáculo principal, um solista - aluno de Kravchenko - de apenas 14 anos fez com que a manhã musical já fosse iniciada em altíssima qualidade.
        As atrações principais, como já citado, são respeitados internacionalmente. Kravchenko é russo, e representa um dos grandes nomes internacionais do violino. Nasceu em Odessa, em 1947, e iniciou seus estudos musicais na Escola de Música Stolyarsky. Posteriormente ingressou no Conservatório de Moscou e venceu concursos importantíssimos, e atualmente realiza turnês e master classes pela Rùssia e todo o mundo. Uhde é alemão e iniciou seus estudos com o pai, aos 5 anos de idade. Graduou-se em Freiburg e como bolsista do governo alemão, especializou-se no Conservatório G. Verdi em Mailand. É atualmente um dos mais conceituados professores de piano da Alemanha, com alunos premiados em muitos concursos no plano internacional e nacional. Conquistou o 1 lugar entre 160 candidatos de toda a Europa pela cátedra de piano da Escola de Música de Karlsruhe, sendo atualmente o vice reitor de tal instituição, e realizando anualmente turnês e mater classes por todo mundo. 
         Como uma ótima opção de educação musical e lazer, o Museu de Arte da Pampulha oferece o seguimento da temporada dos Diálogos Musicais todo domingo, às 11 da manhã. A entrada é franca e os convites são distribuídos com uma hora de antecedência no local.
        Através de tal apresentação pode-se observar uma importante característica em uma obra de arte: o prazer, que é o principal objetivo da arte. O prazer não é algo geral, mas sim relativo, pois se diferencia de cada indivíduo de acordo com a experiência vivida por cada um. O que pode ser extremamente prazeroso a uma pessoa, pode não surtir o mínimo efeito em outra. Através dele, é possível emocionar-se e lembrar-se de momentos já vividos anteriormente.
       Além do prazer, é extremamente notória a expressão dos artistas ao se apresentarem. Eles interpretam o que tocam de uma maneira tão significativa que palavras não são necessárias para transmitir informações – levando-se principalmente em conta, o fato de que as músicas apresentadas não possuem letra. A beleza também se faz presente na obra apresentada, mas sempre de uma forma relativa, sendo ou não apreciada, individualmente, por aquele que a assiste, sendo bela ou não de acordo com as experiências que cada um teve.